Seleção genética e propagação de problemas físicos

Seleção artificial é o processo conduzido pelo ser humano de cruzamentos seletivos com o objetivo de selecionar características desejáveis em animais, plantas e outros seres vivos.
Estas características podem ser, por exemplo, um aumento da produção de carne, leite, lã, seda ou frutas.
Para esse fim foram, e são, produzidas diversas raças domésticas, como cães, gatos, pombos, bovinos, peixes e plantas ornamentais.
É uma seleção em que a luta pela vida, ou seleção natural, que foi substituída pela escolha humana dos indivíduos que melhor atendem aos seus objetivos. Resumindo, que não é natural.

O processo de seleção artificial ajudou na criação de um modelo que pudesse explicar a variação natural dos seres vivos, a seleção natural.
Todavia, não se obtém apenas benefícios destes cruzamentos seletivos.
Juntamente com os genes das características visíveis, são repassados aqueles que, apesar de presentes, não se manifestaram no indivíduo, mas que, provavelmente, afetarão seus descendentes.
Alguns acarretam propensão para males como displasia coxofemoral, surdez, miopia, diversas doenças de pele e problemas psicológicos.
Disfarçadamente, há ainda um outro problema que acomete os caninos.
No intuito de criar diferentes raças, o homem desenvolveu características extremas, que atrapalham o bem-estar do animal: os buldogues têm os focinhos tão achatados que não conseguem respirar normalmente; shar peis têm tanta pele extra que desenvolvem micoses e infecções nas dobras; e os border collies tornaram-se hiperativos, entre outros exemplos.
Em suma, apesar do sucesso na criação de variadas raças com determinadas características físicas e mentais, como o aperfeiçoamento de cães para pastoreio, há os problemas derivados dessas seleções, que dificultam as vidas dos espécimes e lhes causam graves problemas hereditários de saúde.
Para evitar estes males, é preciso não reproduzir cães com problemas psicológicos ou físicos mesmo que sejam campeões de beleza ou excelentes em alguma atividade útil ao ser humano.
Apesar da possibilidade, não há registro de raça canina criada em laboratório.

Seleção e criação
Geralmente, apenas alguns poucos indivíduos podem gerar uma nova raça de cães: isso cria a seleção.
Significa que, mesmo que haja muita diversidade genética entre todos os cães, somente as versões específicas desses genes possuídos por um pequeno número de reprodutores selecionados farão parte da nova linhagem.
Se a pelagem branca é uma qualidade desejada, por exemplo, o criador selecionará somente cães brancos.
Apesar de existirem muitas outras cores, as versões de genes que as codificam não farão parte da nova raça. Isso reduz a diversidade genética.
O efeito criação também pode reduzir a diversidade genética. Às vezes, grande número de animais de uma determinada raça são perdidos; pode ser que ela torne-se impopular ou uma doença mate muitos exemplares em uma área.
Neste caso, grande parte da diversidade genética será perdida.
À medida que o número de indivíduos de uma determinada raça é reduzida a poucos exemplares, a diversidade genética da população original não estará mais disponível, mesmo que a raça torne-se popular novamente e a população cresça.

Qual a diferença entre cão, lobo e raposa?

Desenvolvendo a diversidade